segunda-feira, dezembro 21, 2009

Dylan - Pintor

Depois de tudo que produziu, o cara ainda sabe pintar.

Train Tracks-Obra de Bob Dylan
Dylan fez historia no mundo da música, escreveu alguns livros consideraveis, foi um ator mediocre todas vezes que apareceu no cinema, mas nunca deixou de produzir boas obras.
Quem me conhece sabe que sempre fui admirador de Bob, Like A Rolling Stone, The Times They Are A-Changin e eu continuo aqui, ouvindo as mesmas canções. Eh!

sábado, dezembro 19, 2009

Polícia, bandido, cachorro e dentista

Eu tenho medo de polícia, de bandido, de cachorro e de dentista
Porque polícia quando chega vai batendo em quem não tem nada com isso
Porque bandido quase sempre quando atira não acerta no que mira
Porque cachorro quando ataca pode às vezes atacar o seu amigo
Porque dentista policia a minha boca como se fosse bandido
Porque bandido age sempre às escuras como se fosse cachorro
Porque cachorro não distingue o inimigo como se fosse polícia
Porque polícia bandideia minha boca como se fosse dentista
Dentista, dentista...
Sérgio Sampaio
Sérgio Sampaio, cantor e compositor brasileiro, nascido na mesma cidade de Roberto Carlos, Cachoeiro de Itapemirim (Espírito Santo)
Lançou ao lado de Raul Seixas o álbum Sociedade da Grã-Ordem Kavernista em 1971
Com o rótulo de "maldito" da MPB, Sérgio passou por várias gravadoras e lançou um álbum independente. Alcoólatra, só se recuperou do vício na década de 90, mas acabou falecendo antes de retornar a carreira.
Em seu repertorio, verdadeiras pérolas da MPB como: Eu quero é botar meu bloco na rua, Viajei de trem, Dona Maria de Lourdes, Meu Pobre Blues (que faz alusao ácida as obras Roberto Carlos) etc
Mesmo hoje, tantos anos após sua morte, Sérgio Sampaio continua a ser um dos artistas mais verdadeiros, inquietantes e enigmáticos da história da nossa musica.
Rodrigo Moreira (autor da biografia “Eu Quero é Botar Meu Bloco na Rua” - Edições Muiraquitã, 2000)

quinta-feira, dezembro 17, 2009

Das utopias


Se as coisas são inatingíveis... ora!

Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
A presença distante das estrelas!
Mário Quintana

terça-feira, dezembro 15, 2009

Plêiades-Típicos Utópicos

Ver você sorrir me tange a poesia
Lábios largos traduzindo o amor
Veste minha alma em voou (2x)

Mil anjos tocam clarins
Conchas que guardam os mares

As Fadas verdes do absinto escapam
Drummond achou Pessoa (Fernando)
Ao som dos tolos os corações se embalam
Um Beatle a assobiar

E o vento a desejar
Aos poetas: asas

Para quedas livres, naturezas mortas
Que habitam Kurosawa
Como um plano simples da vida
Moinhos no vento, girassóis em Vincent (Van Gogh)
Antenas de televisão e ofertas de ilusão

Nas noites perdidas
Nas noites perdidas
Nas Plêiades do tempo e do espaço.
Música de Jorge e Clodoaldo.

Obs: Foi a letra desta musica que inspirou este blog, a idéia inicial era uma peça de teatro chamada "Típicos Utópicos" em que dois poetas embriagados pela poesia divagavam suas visões de mundo.
Em breve postarei aqui um video com esta canção para todos conhecerem.

Visualização estelar ao lado de As Plêiades (1885) de Elihu Vedder
Plêiades é o aglomerado de estrelas mais brilhante em todo o céu. As Plêiades também são conhecidas por vários outros nomes tais como Sete Irmãs no Brasil e Subaru no Japão. Este aglomerado está localizado na constelação do Touro. Seis das estrelas nas Plêiades são visíveis sem o auxílio de telescópios. Aproximadamente 500 estrelas pertencem ao aglomerado estelar aberto das Plêiades e a maioria delas são fracas. Uma nebulosa de reflexão circunda estas estrelas.
Na mitologia grega, as plêiades eram (Electra, Celeno, Taigete, Maia, Mérope, Asterope e Dríope) filhas de Atlas e Pleione. Cansadas de serem perseguidas pelo caçador Órion, pediram a Zeus que as transformasse em uma constelação.
Fontes: Wikipedia e www.on.br


sexta-feira, dezembro 11, 2009

Ahh! Chegou as férias


Reflexos da inocência

Assisti este filme um dia desses, por indicação do meu amigo Caubi. Um filme comum, sem grandes inovações visuais ou de linguagem, mas a trilha sonora embalada por Roxy Music (Brian Ferry) e David Bowie das antigas é de embriagar.
A seqüência "glam", em que o jovem Joe dança enquanto seu primeiro amor dubla, numa poética e sexy câmera lenta, "If There Is Something" do Roxy Music, é hipnótica. Um videoclipe dos mais belos e simples já feitos. A música, que como o próprio filme é cheia de constrastes (note que a agulha começa na metade, pra pegar só a parte que interessa), embala um momento brilhante, que sintetiza a busca do personagem com uma ingenuidade que, como a letra explica, "takes me right back".
Se um momento pode valer um filme, não consigo pensar em exemplo melhor.
Confira o melhor momento do filme.

If There Is Something", Roxy Music.

segunda-feira, novembro 30, 2009

Pai e filho - Música Ligeira



"A música é uma lei moral. Ela dá uma alma ao Universo, asas ao pensamento, um impulso à imaginação, um encanto à tristeza, a alegria e a vida a todas as coisas. Ela é a essência da ordem e eleva em direção a tudo o que é bom, justo e belo, de que ela é a forma invisível porém surpreendente, apaixonada, eterna." Platão

sábado, novembro 28, 2009

In The aeroplane over the sea-Neutral Milk Hotel

Os Beatles abriram o espectro do rock a tantas possibilidades que imortalizaram o gênero. O autor deste disco: Jeff Mangum, o faz-tudo da banda, convergiu todas as possibilidades – ou, por outra, as variações no rock que mais me apetecem, num disco só.
In the aeroplane over the sea é folk, é punk, pop mas pesado, fantasmagórico mas emocionante e psicodélico como um arco-íris ao reunir todas estas cores em perfeita simetria. E, mais importante, harmonia. Algo como ter os integrantes do Sex Pistols numa fanfarra e regidos por Bob Dylan. Se essa composição fosse possível de conversão de banda.
Disse certa vez, e fui zombado por isso, que se Deus me oferecesse a autoria de uma obra de arte – o teto da Capela Sistina ou Davi, de Michelangelo, Guernica, de Paicasso, qualquer uma – eu escolheria a autoria deste disco. Morreria pobre, mas ao menos feliz.
Luiz Cesar Pimentel-revista Zero

domingo, novembro 22, 2009

Camiranga

Encontrei este grupo no Myspace e achei seu nome muito curioso e o som muito legal.
“Camiranga é urubu. Um de pena marrom e cabeça vermelha, o que se arrisca. Sem a sua aprovação, nem larva come a carne. Injustamente malvisto e mal falado, como todo urubu, é mestre na arte de planar. Procura entre os cheiros que sobem da terra o que lhe cabe. Quando encontra, cumpre com majestade sua função na Terra, transformando carne podre em energia e vitalidade para voar, voar, voar...”
Camiranga traz um repertório de canções inéditas propondo a fusão entre o contemporâneo e o tradicional, através de uma sonoridade atual e extremamente brasileira. As composições trazem em sua essência palavras simples, que combinadas se tornam repletas de poesia e sofisticação, desenrolando-se em melodias sutis, traçadas sobre harmonias modernas e rebuscadas, sugerindo ritmos rituais tradicionais.
Veja voce mesmo:  http://www.myspace.com/camiranga

domingo, novembro 01, 2009

Persepolis

Persépolis é a história de uma menina que cresce no Irão durante a Revolução islâmica, a história autobiográfica de Marjane Satrapi, que já dera origem a quatro livros de banda desenhada. É através dos olhos da destemida Marjane, de nove anos, que é vista a esperança de um povo ser destruída quando os fundamentalistas tomam o poder, forçando as mulheres a usar o véu e prendendo milhares de pessoas.
Inteligente e extrovertida, Marjane consegue, mesmo apesar das proibições, descobrir a cultura punk, os Abba ou os Iron Maiden. Mas quando o tio é cruelmente executado e as bombas começam a cair sobre Teerão durante a Guerra com o Iraque, o medo começa a ganhar forma. E a ousadia de Marjane torna-se uma preocupação para os pais que acabam por tomar a difícil decisão de a enviar para uma escola na Áustria. Aí, sozinha, Marjane é confundida com o fundamentalismo religioso, exactamente aquilo de que fugiu do seu país. Mas, com o tempo, acaba por ser aceite. Quando termina o liceu, Marjane decide regressar ao Irão, mas aos 24 anos percebe que não pode continuar a viver no seu país, que trocará pela França, numa decisão cheia de otimismo face ao futuro.
Um filme comovente, trágico e ao mesmo tempo cheio de humor, sobre a ignorância, a intolerância e a forma como há pessoas que continuam a lutar contra as suas consequências e por fazer a diferença. O elenco de vozes é familiar: Marjane tem a voz de Chiara Mastroianni e a mãe de Marjane tem a voz da mãe de Chiara, Catherine Deneuve; já a avó é interpretada por Danielle Darrieux, que, pode dizer-se, faz parte da família cinéfila da diva francesa com quem partilhou uma dezena de filmes.
Distinguido com o Prémio do Júri no Festival de Cannes, o filme foi candidato ao Óscar de melhor longa-metragem de animação e, entre outras distinções, ganhou o Prémio do Público nos festivais de São Paulo e Roterdã e foi considerado o Melhor Filme de Animação pelo círculo de críticos de Nova Iorque e Los Angeles.

domingo, outubro 25, 2009

Elephant Gun - Beirut

Beirut e é encabeçada pelo americano Zach Condon, que, com pouco mais de vinte anos, já recebeu críticas elogiosas da imprensa mundial por seus dois primeiros discos: "Gulag Orkestar" (2006) e "The Flying Club Cup" (2007), sem contar os EPs. Aliás, de um desses EPs é que saiu a bela "Elephant Gun", que foi parar na trilha sonora da série baseada em "Dom Casmurro".



Elephant Gun - Beirut

Estrada Nova-Oswaldo Montenegro

Eu conheço o medo de ir embora
Não saber o que fazer com a mão
Gritar pro mundo e saber
Que o mundo não presta atenção
Eu conheço o medo de ir embora
Embora não pareça, a dor vai passar
Lembra se puder
Se não der, esqueça
De algum jeito vai passar
O sol já nasceu na estrada nova
E mesmo que eu impeça, ele vai brilhar
Lembra se puder
Se não der esqueça
De algum jeito vai passar
Eu conheço o medo de ir embora
O futuro agarra a sua mão
Será que é o trem que passou
Ou passou quem fica na estação?
Eu conheço o medo de ir embora
E nada que interessa se pode guardar
Lembra se puder
Se não der esqueça
De algum jeito vai passar

http://www.youtube.com/watch?v=yJ0dii2ilf4

Estrada Nova-Música: Mongol/Letra: Oswaldo Montenegro

sábado, outubro 24, 2009

O beijo do Hotel de Ville-Robert Doisneau


Uma fotografia original de Robert Doisneau (1912-1994) alcançou em Maio de 2005 o incrível valor de 155 mil euros. Françoise Bornet, a mulher beijada na foto, vendeu num leilão, a foto que recebeu autografada por Doisneau e que guardou por mais de 50 anos.
Nos anos 50, ele estava sentado num café na Rue de Rivoli, em frente ao Hôtel de Ville, quando viu uma rapariga e um rapaz apaixonados e a sua máquina fotográfica captou-lhes um beijo. A cena ilustrou uma reportagem da revista America's Life sobre o romantismo francês. A fotografia ganhou nome e sobrenome, "O beijo do Hotel de Ville", e correu o mundo como tradução da alegria de uma Paris livre dos nazis e retomando a sua vocação de cidade dos amantes.

domingo, outubro 18, 2009

Paixão da Pedra pela Rosa

Este romance é ambientado na segunda metade do século XVIII. O título sugere uma reflexão sobre o anseio pelo insólito e improvável, sendo também um trocadilho com os apelidos dos personagens. Reflete sobre problemas os sociais, históricos, políticos e analisa fatos e sua influência na formação cultural. O personagem central da obra nasce em Portugal e, movido pela paixão por uma jovem, transporta seus sonhos para a Colônia brasileira. Sofre a traição de amigos e vê sua sorte desviada para outras experiências e aventuras. Empreende uma jornada rumo ao desconhecido em busca da glória dos exploradores. Sua maturidade o faz refletir sobre o que realmente move o desenvolvimento humano.

Autor: Nilson Alves de Souza
Tema: Geografia e Historia, Literatura Nacional, Filosofia
Nilson Alves de Souza mora em Birigui-SP é escritor, criador do projeto Fundação Luminaris, colaborador e cronista de jornais.

Nick Cave & The Bad Seeds

Nick Cave é um dos artistas mais singulares da atualidade. Sua voz e seu talento como compositor fazem com que suas canções arrebatem fãs dos mais variados estilos musicais. Suas letras possuem forte inspiração religiosa e são verdadeiras batalhas entre o desespero e a devoção, o amor e o ódio, a vida e a morte
Nick Cave costuma ser associado à canções depressivas, momentos lúgubres, narrativas macabras, etc. Se é verdade que muitas dessas ligações sejam procedentes, também é fato que essa é apenas uma das facetas desse muito comentado e pouco ouvido (no Brasil) compositor australiano. Em muitas ocasiões, ele apresenta um humor ácido e inusitado, alternando idéias musicais sempre dentro de um formato semi-acústico - as guitarras recebem o mínimo de efeitos, no máximo um wah-wah aqui, um chorus ali, um ou outro tremolo e olhe lá; baixo e bateria desempenham seus papéis sem "preparação" prévia ou alteração de timbres; as cordas e os teclados (órgão e piano, nada digital) são mais ousados nas harmonias que nos arranjos. Definitivamente, nada que permita o encaixe da banda em termos como "gótico", "pós-punk" ou clichês afins.
Ouça:
Nick Cave & The Bad Seeds - More News From Nowhere