segunda-feira, novembro 30, 2009

Pai e filho - Música Ligeira



"A música é uma lei moral. Ela dá uma alma ao Universo, asas ao pensamento, um impulso à imaginação, um encanto à tristeza, a alegria e a vida a todas as coisas. Ela é a essência da ordem e eleva em direção a tudo o que é bom, justo e belo, de que ela é a forma invisível porém surpreendente, apaixonada, eterna." Platão

sábado, novembro 28, 2009

In The aeroplane over the sea-Neutral Milk Hotel

Os Beatles abriram o espectro do rock a tantas possibilidades que imortalizaram o gênero. O autor deste disco: Jeff Mangum, o faz-tudo da banda, convergiu todas as possibilidades – ou, por outra, as variações no rock que mais me apetecem, num disco só.
In the aeroplane over the sea é folk, é punk, pop mas pesado, fantasmagórico mas emocionante e psicodélico como um arco-íris ao reunir todas estas cores em perfeita simetria. E, mais importante, harmonia. Algo como ter os integrantes do Sex Pistols numa fanfarra e regidos por Bob Dylan. Se essa composição fosse possível de conversão de banda.
Disse certa vez, e fui zombado por isso, que se Deus me oferecesse a autoria de uma obra de arte – o teto da Capela Sistina ou Davi, de Michelangelo, Guernica, de Paicasso, qualquer uma – eu escolheria a autoria deste disco. Morreria pobre, mas ao menos feliz.
Luiz Cesar Pimentel-revista Zero

domingo, novembro 22, 2009

Camiranga

Encontrei este grupo no Myspace e achei seu nome muito curioso e o som muito legal.
“Camiranga é urubu. Um de pena marrom e cabeça vermelha, o que se arrisca. Sem a sua aprovação, nem larva come a carne. Injustamente malvisto e mal falado, como todo urubu, é mestre na arte de planar. Procura entre os cheiros que sobem da terra o que lhe cabe. Quando encontra, cumpre com majestade sua função na Terra, transformando carne podre em energia e vitalidade para voar, voar, voar...”
Camiranga traz um repertório de canções inéditas propondo a fusão entre o contemporâneo e o tradicional, através de uma sonoridade atual e extremamente brasileira. As composições trazem em sua essência palavras simples, que combinadas se tornam repletas de poesia e sofisticação, desenrolando-se em melodias sutis, traçadas sobre harmonias modernas e rebuscadas, sugerindo ritmos rituais tradicionais.
Veja voce mesmo:  http://www.myspace.com/camiranga

domingo, novembro 01, 2009

Persepolis

Persépolis é a história de uma menina que cresce no Irão durante a Revolução islâmica, a história autobiográfica de Marjane Satrapi, que já dera origem a quatro livros de banda desenhada. É através dos olhos da destemida Marjane, de nove anos, que é vista a esperança de um povo ser destruída quando os fundamentalistas tomam o poder, forçando as mulheres a usar o véu e prendendo milhares de pessoas.
Inteligente e extrovertida, Marjane consegue, mesmo apesar das proibições, descobrir a cultura punk, os Abba ou os Iron Maiden. Mas quando o tio é cruelmente executado e as bombas começam a cair sobre Teerão durante a Guerra com o Iraque, o medo começa a ganhar forma. E a ousadia de Marjane torna-se uma preocupação para os pais que acabam por tomar a difícil decisão de a enviar para uma escola na Áustria. Aí, sozinha, Marjane é confundida com o fundamentalismo religioso, exactamente aquilo de que fugiu do seu país. Mas, com o tempo, acaba por ser aceite. Quando termina o liceu, Marjane decide regressar ao Irão, mas aos 24 anos percebe que não pode continuar a viver no seu país, que trocará pela França, numa decisão cheia de otimismo face ao futuro.
Um filme comovente, trágico e ao mesmo tempo cheio de humor, sobre a ignorância, a intolerância e a forma como há pessoas que continuam a lutar contra as suas consequências e por fazer a diferença. O elenco de vozes é familiar: Marjane tem a voz de Chiara Mastroianni e a mãe de Marjane tem a voz da mãe de Chiara, Catherine Deneuve; já a avó é interpretada por Danielle Darrieux, que, pode dizer-se, faz parte da família cinéfila da diva francesa com quem partilhou uma dezena de filmes.
Distinguido com o Prémio do Júri no Festival de Cannes, o filme foi candidato ao Óscar de melhor longa-metragem de animação e, entre outras distinções, ganhou o Prémio do Público nos festivais de São Paulo e Roterdã e foi considerado o Melhor Filme de Animação pelo círculo de críticos de Nova Iorque e Los Angeles.