quinta-feira, junho 10, 2010

Torre Azul-Mario Quintana


Mario Quintana, poeta gaucho.
1906/1994

É preciso construir uma torre azul
para os suicidas.
Tem qualquer coisa de anjo
Esses suicidas voadores
Tem qualquer coisa de anjo
que perdeu as asas.



É preciso construir-lhes um túnel
sem fim e sem saída.
Por onde um trem viajasse
Eternamente
Como uma nave
Em alto mar perdida.

É preciso construir uma torre...
É preciso construir um túnel...
É preciso morrer de puro amor...
de puro amor.
Poema retirado do livro Baú dos Espantos de Mario Quintana, musicado por Jorge e Clodoaldo.

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